A APED, a Asociación Española de Distribuidores, Autoservicios y Supermercados (ASEDAS) e a Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución (ANGED) uniram-se na produção de uma manifesto luso-espanhol que identifica as prioridades do setor da Distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia. A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 9 de junho, as associações signatárias deixam um apelo direto: é necessário um maior reconhecimento social e político do setor da Distribuição na Europa.
Constituindo um dos 14 ecossistemas estratégicos definidos pela Comissão Europeia na sua proposta de reforma da política industrial europeia, o setor da Distribuição está no centro da economia europeia e do bem-estar dos cidadãos deste território. É o elo de ligação entre fabricantes e 450 milhões de consumidores, o maior empregador do setor privado na Europa – 26 milhões de pessoas -, gera 10% do PIB da União Europeia, com mais de 99% das cinco milhões de empresas retalhistas e grossistas na Europa a serem Pequenas e Médias Empresas (PME).
Apesar de todo o peso económico e social que o setor tem em Portugal em Espanha, materializado no contributo para o PIB e na geração de emprego e na coesão social, alicerçado num investimento forte e sustentado ao longo do tempo, o setor da Distribuição tem vindo a enfrentar vários desafios: aumento dos preços da energia e dos combustíveis, constrangimentos no transporte internacional, impactos decorrentes de conflitos armados, escassez de matérias-primas e inflação. A estes fatores junta-se um verdadeiro “tsunami” regulatório, com mais de 3.000 normas regulamentares em constante evolução e alteração, que aumentou consideravelmente os custos de funcionamento das empresas.
Neste quadro, e perante a proximidade de se iniciar um novo ciclo nas instituições europeias, a APED, a ASEDAS e a ANGED apelam a um maior diálogo dos atores políticos europeus com o setor da Distribuição. “Este setor deve ser considerado prioritário pelos representantes portugueses e espanhóis nas instituições europeias, uma vez que as questões mais estratégicas para a Distribuição dependem quase exclusivamente das regras comunitárias. A defesa dos interesses deste sector deve estar em consonância com a sua importância para as duas economias e para a vida quotidiana dos cidadãos”, defendem as associações signatárias do manifesto.
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