Medidas de contingência do Governo têm impacto negativo no setor do Retalho

28-09-20

A APED está preocupada com o impacto das recentes medidas definidas pelo Governo para fazer face à pandemia, que se revelam incoerentes face ao objetivo anunciado de evitar aglomerações.

Foi desperdiçada uma oportunidade de aumentar a capacidade de pessoas por metro quadrado nas lojas, o que potencia o aglomerado de clientes fora das lojas enquanto aguardam pela sua vez. A regra de ocupação máxima de 5 pessoas por cada 100 metros quadrados é demasiado restritiva, mantém-se há cinco meses e constitui o rácio mais baixo entre vários países da União Europeia. Os espaços comerciais têm capacidade para receber mais pessoas em simultâneo, continuando a assegurar segurança e confiança aos clientes e colaboradores.

Para o Diretor-Geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, seria importante mexer no rácio de ocupação das lojas com a aproximação do Natal, época de vendas crucial para o setor. “Aproximamo-nos dos três meses mais importantes para estas empresas, e se não aumentamos o número de pessoas em loja vai ser um desastre, muito maior para o retalho especializado, que foi fustigado desde o princípio com esta pandemia, mas também, a seu tempo, para o retalho alimentar”.

Para a APED constitui uma falácia e uma medida puramente populista a restrição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h. Apenas contribui para um fluxo acrescido nas lojas no período entre as 19h e as 20h e não tem qualquer eficácia em termos preventivos.

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