As empresas do setor do Retalho estão a ter dificuldades em regressar aos níveis de pré-pandemia devido ao impacto que a inflação está a ter no poder de compra dos consumidores. Esta é uma conclusão do mais recente relatório do EuroCommerce, desenvolvido em conjunto com a consultora McKinsey, “Navigating the market headwinds – The State of Grocery Retail 2022: Europe”.
Focado no contexto europeu, o relatório revela que as empresas esperam que as condições do mercado se agravem em 2022 devido à crescente inflação, sentida antes da invasão russa à Ucrânia, à pressão sobre os preços da energia e combustíveis e à concorrência dos mercados online. Estes fatores terão impacto nos preços a disponibilizar ao consumidor.
O aumento da pressão sobre as margens dos retalhistas, dado o aumento dos custos e a diminuição do poder de compra dos consumidores que os levarão a procurar alternativas e promoções mais baratas, surge como a principal tendência futura para o setor.
Entre outras tendências também identificadas está a procura polarizada, com os consumidores com rendimentos mais elevados a manterem o crescimento em produtos saudáveis e sustentáveis, enquanto os agregados familiares com menos rendimentos vão procurar preços mais baixos; crescimento mais lento do mercado online, cada vez mais fragmentado com novas ofertas emergentes; a procura de novas fontes de lucro, através da inteligência artificial e novos fluxos de receitas (ex: utilização de dados dos cartões de fidelização para vender espaço publicitário); procura de novas competências nos recursos humanos para satisfazer as exigências do negócio.
Este relatório analisa exaustivamente as principais tendências que moldarão o setor retalhista nos próximos anos, mas foi concluído antes do início da invasão russa à Ucrânia e não contempla os possíveis impactos da mesma no setor.
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