Controlo analítico em produtos biológicos em debate

9-06-21

A 2.ª sessão do Ciclo de Conferências dedicado aos produtos biológicos, organizada pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), foi dedicada ao controlo analítico. Na conferência que se realizou no passado dia 8 de junho, a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) foi convidada a participar, enquanto entidade que procede à autorização e controlo no uso Produtos Fitofarmacêuticos em Agricultura Biológica.

Gonçalo Lobo Xavier, deu início ao evento destacando a relevância deste tema, num contexto onde a produção biológica é uma tendência e um requisito cada vez mais procurado por parte dos consumidores. É imperativo entender o processo de controlo analítico e como o fazer de forma rigorosa e eficiente, sendo, por essa razão, um requisito muito importante e que é cumprido de forma regular e proativa no setor da distribuição. Neste sentido, defende que as entidades competentes deveriam elaborar uma lista de produtos e de origens mais problemáticas, de modo a que os autocontrolos possam ser mais eficientes, bem como divulgar orientações sobre as análises consideradas razoáveis para a realização do autocontrolo e a interpretação dos resultados analíticos.

O Diretor-Geral da APED destacou que a associação tem colaborado para que o controlo analítico seja um processo feito com rigor e que garanta ao consumidor que os géneros alimentícios foram produzidos recorrendo aos recursos naturais de forma sustentável e que se deu prioridade à utilização de produtos provenientes da produção biológica, substâncias naturais ou derivadas e fertilizantes minerais de baixa solubilidade.

Por parte da DGADR, Cristina Hagatong, chefe de Divisão da Qualidade e Recursos Genéticos, referiu que o tema da agricultura biológica ainda não está consolidado, mas sublinha o papel da União Europeia, que tem cada vez mais explorado esta área.

Miriam Cavaco, Chefe de Divisão de Gestão e Autorização de Produtos Fitofarmacêuticos da DGAV, defendeu que a agricultura biológica é mais do que uma tendência e que implica que se fale dos Produtos Fitofarmacêuticos, uma vez que é um recurso da agricultura biológica. Acrescentou ainda que, apesar de o número de pesticidas ser reduzido no futuro e de estes passarem a adotar um perfil diferente, não deixarão de existir.

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