APED participa em debate sobre o papel da sociedade na economia circular

24-02-22

O diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, participou no debate sobre o papel da sociedade na transição para uma economia mais circular no âmbito da Conferência Final “Economia Mais Circular”, promovida pela CIP.

O papel do consumidor e das suas opções de compra para a transição sustentável e para a economia circular, a influência que a publicidade e a educação têm nas escolhas, a questão da higiene e segurança alimentar, a legislação e diretivas comunitárias e o uso de campanhas de sensibilização foram alguns dos temas abordados no painel.

Na sua intervenção, Gonçalo Lobo Xavier defendeu que o consumidor muitas vezes procura escolhas mais sustentáveis, mas a questão do preço continua a ser muito preponderante na escolha dos produtos, apesar da mudança de perfil dos consumidores e das gerações, que cada vez estão mais informadas e exigentes. “Há um caminho a percorrer e a Distribuição pretende continuar a prestar informação, difundir boas práticas e de explicar a racionalidade da sustentabilidade dos produtos distribuídos”, afirmou o diretor-geral da APED.

Relativamente à questão da venda a granel, Gonçalo Lobo Xavier alertou para os riscos inerentes a decisões ligadas à reutilização de embalagens. “A Distribuição não pode, em nome da sustentabilidade e abolição de embalagens, por em causa a saúde pública ao abolir o uso de plásticos ou permitir que os consumidores levem as suas próprias embalagens, por não ser considerada uma solução fiável pelo conhecimento científico”.

O diretor-geral da APED apelou à classe política para que evite a disputa pela sustentabilidade ao propor medidas que não são exequíveis por falta de investigação e conhecimento científico e sem haver soluções viáveis para as empresas, prejudicando o consumidor na compra final.

Gonçalo Lobo Xavier defendeu ainda a importância da educação dos consumidores no âmbito do uso do plástico e embalagens em fim de vida, referindo que “liderar pelo exemplo é que pode trazer uma mudança comportamental”, fazendo referência ao contributo dado pelo projeto-piloto “Quando do Velho se Faz Novo”.

Num comentário às recomendações apresentadas pela CIP, o diretor-geral da APED sublinhou que a legislação e os agentes económicos são as maiores barreiras à economia circular e destacou a necessidade da simplificação de informação mais técnica para as PME.

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