Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, foi um dos oradores participantes na conferência do Dinheiro Vivo “Covid, guerra, inflação: como deve adaptar-se a fiscalidade no OE 2023”, que teve lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Durante um painel de debate, que teve como pano de fundo o sistema fiscal nacional e a necessidade de uma reforma tendo em vista a sua simplificação, Gonçalo Lobo Xavier concordou que o atual momento político é propício a reformas estruturais e assinalou a existência de muitas empresas internacionais no setor da Distribuição com vontade de se instalar em Portugal. Contudo, o diretor-geral da APED sublinhou a necessidade de descomplicar processos dado que quando estas organizações entram no mercado nacional “sofrem um choque burocrático” e enfrentam uma carga fiscal demasiado pesada para as empresas e que limita a capacidade de investimento.
Perante a constatação que a complexidade do sistema fiscal português afasta o investimento, a simplificação destes procedimentos é encarada como um contributo essencial para ajudar as empresas e a economia a crescer. Gonçalo Lobo Xavier apelou à simplificação das obrigações fiscais como um caminho para permitir às empresas terem condições para dar ainda mais rendimentos aos trabalhadores.
O painel contou ainda com a participação de António Brigas Afonso, ex-diretor-geral da Autoridade Tributária e das Alfândegas, António Saraiva, presidente da CIP, João Manso Neto, CEO da Greenvolt, e Pedro Ginjeira do Nascimento, secretário-geral da Associação Business Roundtable Portugal, com a moderação de Joana Petiz, diretora do Dinheiro Vivo.