Bom senso, diálogo e envolvimento das empresas e razoabilidade no período de adaptação para a novas medidas na área ambiental são pedidos deixados pela APED para o novo Governo que entrará em funções em breve.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, abordou os desafios atuais e futuros do setor da distribuição, em áreas tão distintas como a sustentabilidade, a capitalização das empresas, formação e requalificação das pessoas, o aumento dos custos de energia, transportes e matérias-primas e o seu impacto na cadeia de distribuição e a evolução da situação pandémica para um patamar mais estável para a dinamização económica.
“Não podemos esperar que a transição verde seja feita por decreto, sem ouvir as empresas. Todos nós queremos soluções para o uso responsável dos plásticos e para o ecodesign das embalagens, todos queremos induzir comportamentos responsáveis e sustentáveis aos consumidores, mas não podemos, por decreto, obrigar a transformações radicais, sem tempo e sem espaço para a adaptação das empresas a novas realidades, quando muitas vezes não há ainda soluções credíveis e economicamente viáveis para substituir as existentes”, defende Gonçalo Lobo Xavier.
A APED pede ao novo Governo uma maior preocupação com a capitalização das empresas e o desenvolvimento de uma política de formação ajustada às necessidades das empresas. “A digitalização está a acontecer e vai transformar muito a realidade do trabalho no nosso setor; a descarbonização é algo imperativo e tudo isso são oportunidades de negócio, de crescimento e de criação de emprego. Mas, para isso, precisamos de fazer o reskilling e o upskilling dos que já estão a trabalhar connosco e dos que queremos que ganhem competências para virem trabalhar para o nosso setor, que está em franco crescimento e quer continuar a crescer”, aponta o diretor-geral da APED.
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