Em 2022, o E-Commerce Business-to-Consumer (B2C) na Europa atingiu 899 mil milhões de euros, que representa um aumento de 50 mil milhões por comparação ao valor registado no ano anterior. Esta é uma das principais conclusões do “2023 European E-commerce Report”, divulgado pelo Ecommerce Europe e pelo EuroCommerce. Portugal registou um aumento de 7%, atingindo um valor de cerca de 8,82 mil milhões de euros.
Perante a conjuntura geopolítica, bem como os efeitos socioeconómicos que daí decorreram, o relatório indica o aumento dos preços enquanto principal motor do aumento do volume de negócios do E-Commerce. Embora a taxa de crescimento em 2022 (6%) seja inferior à registada em 2021 (12%), o setor continua a avançar e espera-se que continue a crescer em 2023.
O progresso tecnológico e as novas soluções de compra, como o Software as a Service (Saas), por exemplo, são destacados enquanto oportunidades para atenuar as diferenças regionais. O relatório aponta também para uma crescente valorização da sustentabilidade, sublinhando a importância da promoção de padrões de consumo mais conscientes e ecológicos.
Luca Cassetti, secretário-geral do Ecommerce Europe, comenta: “O ano de 2022 marcou o 30.º aniversário do mercado único da União Europeia e, embora a Ecommerce Europe reconheça os importantes passos dados ao longo dos anos, também constatamos que as empresas ainda se deparam com barreiras significativas, nomeadamente nas vendas transfronteiriças. Os decisores políticos têm a responsabilidade de reduzir a fragmentação do mercado e de eliminar a burocracia nas operações comerciais transfronteiriças. A conceção de políticas orientadas para o futuro e neutras em termos de canais, capazes de se adaptarem à evolução das expetativas das empresas e dos consumidores, tendo simultaneamente em conta as realidades comerciais, será fundamental quando se iniciar o próximo ciclo da União Europeia”.
Christel Delberghe, diretora-geral do EuroCommerce, afirma: “A jornada do consumidor está a mudar rapidamente e a combinação da interação online e offline tornou-se no novo normal. Em 2022, com a subida da inflação, os consumidores tornaram-se muito mais sensíveis aos preços.
Procuraram cada vez mais poupar dinheiro e fizeram-no também comparando e diversificando os seus canais de compras online e offline. Esperamos que as vendas online continuem a crescer nos próximos anos, atingindo cerca de 30% das vendas a retalho até 2030. Estar presente no online tornou-se vital para muitos retalhistas, especialmente para as pequenas empresas”.
Consulte o relatório aqui.