A APED considera que as medidas impostas pelo Governo para os fins-de-semana e véspera de feriado não estão a resultar enquanto medida de saúde pública e estão a penalizar fortemente o setor do retalho, com quebras nas vendas superiores a 50%.
“É preciso que se perceba claramente que não é por falta de civismo dos portugueses nem por falta do cumprimento das regras de segurança que estas limitações não estão a funcionar. Não funcionam porque as pessoas têm as suas vidas organizadas, já as tinham antes da pandemia e, durante a semana, não conseguem abastecer as suas casas porque não conseguem fazer compras. Estamos a falar de compras do retalho alimentar, mas também do retalho especializado”, afirma Gonçalo Lobo Xavier, Diretor-Geral da APED.
Com os horários limitados durante a semana e com as limitações impostas aos sábados e domingos a partir da uma da tarde, tem se vindo a verificar um aumento das filas à porta das lojas. Apesar do apelo às compras antecipadas e ao planeamento das mesmas, a APED sublinha que a altura das compras vai começar agora, depois das pessoas receberem o ordenado e o subsídio de Natal.
A associação reafirma que as lojas são espaços seguros e que não é possível limitar horários e manter o mesmo número de pessoas em loja. As restrições impostas estão a ser contraproducentes em relação ao objetivo que se pretende atingir.
Ouça as declarações à Rádio Observador, Fórum TSF e Renascença.